Órgãos Urinários
O sistema urinário é constituído pelos órgãos
uropoéticos, isto é, incumbidos de elaborar a urina e armazená-la
temporariamente até a oportunidade de ser eliminada para fora do corpo. Este
aparelho pode ser dividido em órgãos secretores que produzem a urina e órgãos excretores que são encarregados de processar a drenagem da urina para fora do
corpo. Os órgãos urinários compreendem um par de rins, que produzem a urina a
partir do sangue, os ureteres, que conduzem a urina dos rins, a bexiga, onde a
urina fica armazenada até que possa ser convenientemente liberada, e a uretra,
através da qual é expelida do corpo.
Rins:
Os rins são glândulas de consistência firme, cor
castanho-avermelhada, cujo aspecto varia consideravelmente entre os mamíferos.
O formato reniforme (forma de um grão de feijão) é encontrado no cão, no gato e
em pequenos ruminantes. Os rins do suíno correspondem a uma versão muito mais
achatada, ao passo que os dos equinos são mais em forma de coração. Em
contraste, os rins dos bovinos são muito diferentes e possuem uma superfície
intensamente sulcada que delineia muitos lóbulos.
![]() |
Rins de Bovino - Superfície lobulada Fonte: google.com |
![]() |
Rins de Equino - Rim direito em formato de coração fonte:google.com |
Localização:
Os rins geralmente são encontrados comprimidos
contra a parte superior do abdome, um de cada lado da coluna vertebral (exceto
nos ruminantes, em que o rim esquerdo é empurrado na metade direita do abdome
pelo imenso desenvolvimento do estômago) e predominantemente na região lombar,
apesar de se estenderem com frequência sob as últimas costelas. Suas posições
mudam com os movimentos do diafragma e eles deslocam-se a cada movimento
respiratório. Raramente são simétricos; nos animais domésticos, exceto nos
suínos, o direito fica cerca da metade do tamanho do seu comprimento adiante de
seu par. A extremidade cranial do rim direito ajusta-se comumente a uma depressão
do fígado, que auxilia sua fixação. O esquerdo, na falta desta acomodação, é
mais móvel e mais propenso a pender no abdome. Em geral, os rins comprimidos
contra o teto do abdome são basicamente retroperitoneais, enquanto aqueles
suspensos em um nível mais baixo apresentam uma cobertura peritoneal mais
extensa.
Superfície externa do rim:
A superfície de um rim geralmente é lisa e
convexa, exceto por uma escavação da borda medial. Esta escavação leva a um
espaço oculto (seio renal), ocupado pela origem dilatada (pelve renal) do
ureter, bem como vasos e nervos que vão e vêm do hilo renal.
O parênquima do rim fica incluído dentro de uma
cápsula fibrosa, denominada cápsula renal. Esta cápsula restringe a capacidade
de expansão do rim e sai facilmente quando este se encontra sadio, mas adere
quando o material subjacente sofreu cicatrização por lesões antigas.
Anatomia interna
:
Ao corte frontal, que divide o rim em duas
partes, é possível reconhecer o córtex renal, uma camada mais externa e pálida,
e a medula renal, uma camada mais interna e escura. O córtex emite projeções
para a medula denominadas colunas renais, que separam porções cônicas da medula
chamadas pirâmides.
As pirâmides têm bases voltadas para o córtex e
ápices voltados para a medula, sendo que seus ápices são denominados papilas
renais. É na papila que desembocam os ductos coletores pelos quais a urina
escoa atingindo a pelve renal e o ureter. A pelve é a extremidade dilatada do
ureter e está dividida em dois ou três tubos chamados cálices maiores, os quais
subdividem-se em um número variado de cálices menores. Cada cálice menor
apresenta um encaixe em forma de taça com a papila renal.
Cada pirâmide medular com seu córtex associado
constitui um lobo renal. Os rins que conservam esta organização são denominados
de multipiramidais ou multilobulares. Em alguns rins multipiramidais, como os
dos bovinos, os limites entre os lobos são revelados pelas fissuras que
penetram a partir da superfície; em outros, incluindo os dos suínos, nenhuma
evidência externa de lobulação está presente.
Todos os rins dos mamíferos passam por uma fase
multipiramidal em seu desenvolvimento, embora, na maioria das espécies, a
quantidade de lobos seja drasticamente reduzida mais tarde. Em algumas
espécies, inclusive a canina, a equina e a ovina, todas as pirâmides acabam por
fundir-se, constituindo uma única massa medular, que confina o córtex à
periferia, onde forma uma cobertura externa contínua. Mesmo este tipo
unipiramidal ou unilobular de rim guarda um certo indício de sua ontogenia.
![]() |
Fonte: google.com |
PELVE
RENAL E URETER:
Pelve
renal é a porção proximal do ureter no rim. A sua principal função é atuar como
um funil para a urina fluir para o ureter.
O
ureter é um tubo estreito que conduz a urina em um fluxo contínuo da pelve para
a bexiga. A extremidade proximal do ureter divide-se em pelve renal nos
equinos, carnívoros, ovinos e suínos ou em cálices maiores nos bovinos.
Ao
alcançar a cavidade pélvica, o ureter inclina-se medialmente para adentrar a
prega genital no macho ou o ligamento largo na fêmea; isto conduz o ureter
sobre a superfície dorsal da bexiga, na qual se abre perto do colo. No macho, o
ureter passa dorsal ao ducto deferente correspondente.
O
ureter adentra a parece vesical de forma bastante oblíqua. O comprimento do
trajeto intramural protege contra o refluxo de urina para o ureter quando a
pressão se eleva dentro da bexiga. Ele não impede maior enchimento da bexiga,
já que a resistência é superada pelas contrações peristálticas da parede do
ureter.
OBS.:
Em carnívoros e pequenos ruminantes ocorre a presença de um recesso pélvico,
não há papila e sim uma crista renal.
Em
equinos, pelo fato de terem os rins em formato de coração, a pelve é muito
pequena para coletar a urina produzida pelos rins. Para suprir a pelve pequena,
o rim do equino possui os recessos terminais que coletam a urina dos pólos do
rim.
Fonte: google.com |
BEXIGA
URINÁRIA:
A
bexiga é um órgão distendível de estocagem e, portanto, pode não ter tamanho,
posição ou relações constantes. É pequena e globular quando completamente
contraída, sendo então notável pela grande espessura de suas paredes. A bexiga
contraída repousa nos ossos púbicos; fica confinada à cavidade pélvica nas
espécies de maior porte, mas estende-se para o abdome nos carnívoros.
Nenhum
aumento imediato na pressão interna ocorre quando a bexiga começa a encher-se.
Mas, uma vez que um determinado volume, muito considerável, seja atingido, a
pressão eleva-se; isto provoca a urgência de eliminar a urina, levando o
indivíduo a urinar sem hesitação em muitas espécies.
Nas
espécies maiores, a bexiga contraída fica em grande parte retroperitoneal, mas
a maior parte da superfície torna-se intraperitoneal quando o órgão ainda
estiver moderadamente expandido.
A
frouxa fixação da mucosa vesical e sua capacidade de estiramento permitem uma
modificação acentuada no aspecto do interior com qualquer alteração do estado
fisiológico. A superfície, muito pregueada quando o lúmen é pequeno, torna-se
geralmente lisa quando a bexiga enche.
Fonte: google.com |
URETRA:
A
uretra é um tubo que conduz a urina da bexiga para o meio externo. Ela se diferencia entre os dois sexos.
Uretra
Feminina:
A
uretra feminina é curta, corre caudalmente no assoalho pélvico, abaixo do trato
reprodutivo. Ela passa de forma oblíqua pela parede vaginal para abrir-se
ventralmente à junção da vagina e do vestíbulo. Seu comprimento e sua largura
variam de modo considerável entre as espécies, sendo notavelmente curta e ampla
nas éguas. Em alguns animais, como na vaca e na porca, abre-se junto com o
divertículo suburetral; em outros, como a cadela, em um tubérculo.
Quando
um divertículo estiver presente, estará incluído dentro do uretral, que
circunda a uretra ao longo da maior parte do seu comprimento.
A
uretra de uma fêmea tem a função exclusiva de conduzir a urina para o meio
externo ao corpo.
Uretra
masculina:
A
uretra masculina é longa, estende-se desde um óstio interno no colo da bexiga
até um óstio externo na extremidade livre do pênis. É, portanto, divisível em
uma parte interna ou pélvica e uma parte externa ou esponjosa, referindo-se o
último adjetivo ao tecido bastante vascular que circunda a uretra quando deixa
a cavidade pélvica. A parte esponjosa encontra-se em grande proporção
incorporada dentro do pênis, sendo apropriadamente considerada como componente
deste órgão. A parte pélvica está unida pelos ductos deferentes e vesiculares
(ou ejaculatório combinado) a uma curta distância se sua origem da bexiga; a
maior parte da uretra, portanto, serve para liberar urina e sêmen.Em
carnívoros, a próstata envolve a uretra. A próstata possui uma cápsula fibrosa
que impede sua expansão, quando ocorre um tumor na mesma. Esse crescimento
celular pode obstruir a uretra.
Feito por: Simon Sousa
Nenhum comentário:
Postar um comentário