segunda-feira, 2 de maio de 2016

Sistema Urinário

 Órgãos Urinários

O sistema urinário é constituído pelos órgãos uropoéticos, isto é, incumbidos de elaborar a urina e armazená-la temporariamente até a oportunidade de ser eliminada para fora do corpo. Este aparelho pode ser dividido em órgãos secretores que produzem a urina e órgãos excretores que são encarregados de processar a drenagem da urina para fora do corpo. Os órgãos urinários compreendem um par de rins, que produzem a urina a partir do sangue, os ureteres, que conduzem a urina dos rins, a bexiga, onde a urina fica armazenada até que possa ser convenientemente liberada, e a uretra, através da qual é expelida do corpo.


Rins:
Os rins são glândulas de consistência firme, cor castanho-avermelhada, cujo aspecto varia consideravelmente entre os mamíferos. O formato reniforme (forma de um grão de feijão) é encontrado no cão, no gato e em pequenos ruminantes. Os rins do suíno correspondem a uma versão muito mais achatada, ao passo que os dos equinos são mais em forma de coração. Em contraste, os rins dos bovinos são muito diferentes e possuem uma superfície intensamente sulcada que delineia muitos lóbulos.


Rins de Bovino - Superfície lobulada
Fonte: google.com



Rins de Equino - Rim direito em formato de coração
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Localização:
Os rins geralmente são encontrados comprimidos contra a parte superior do abdome, um de cada lado da coluna vertebral (exceto nos ruminantes, em que o rim esquerdo é empurrado na metade direita do abdome pelo imenso desenvolvimento do estômago) e predominantemente na região lombar, apesar de se estenderem com frequência sob as últimas costelas. Suas posições mudam com os movimentos do diafragma e eles deslocam-se a cada movimento respiratório. Raramente são simétricos; nos animais domésticos, exceto nos suínos, o direito fica cerca da metade do tamanho do seu comprimento adiante de seu par. A extremidade cranial do rim direito ajusta-se comumente a uma depressão do fígado, que auxilia sua fixação. O esquerdo, na falta desta acomodação, é mais móvel e mais propenso a pender no abdome. Em geral, os rins comprimidos contra o teto do abdome são basicamente retroperitoneais, enquanto aqueles suspensos em um nível mais baixo apresentam uma cobertura peritoneal mais extensa.

Superfície externa do rim:
A superfície de um rim geralmente é lisa e convexa, exceto por uma escavação da borda medial. Esta escavação leva a um espaço oculto (seio renal), ocupado pela origem dilatada (pelve renal) do ureter, bem como vasos e nervos que vão e vêm do hilo renal.
O parênquima do rim fica incluído dentro de uma cápsula fibrosa, denominada cápsula renal. Esta cápsula restringe a capacidade de expansão do rim e sai facilmente quando este se encontra sadio, mas adere quando o material subjacente sofreu cicatrização por lesões antigas.

Anatomia interna :
Ao corte frontal, que divide o rim em duas partes, é possível reconhecer o córtex renal, uma camada mais externa e pálida, e a medula renal, uma camada mais interna e escura. O córtex emite projeções para a medula denominadas colunas renais, que separam porções cônicas da medula chamadas pirâmides.
As pirâmides têm bases voltadas para o córtex e ápices voltados para a medula, sendo que seus ápices são denominados papilas renais. É na papila que desembocam os ductos coletores pelos quais a urina escoa atingindo a pelve renal e o ureter. A pelve é a extremidade dilatada do ureter e está dividida em dois ou três tubos chamados cálices maiores, os quais subdividem-se em um número variado de cálices menores. Cada cálice menor apresenta um encaixe em forma de taça com a papila renal.
Cada pirâmide medular com seu córtex associado constitui um lobo renal. Os rins que conservam esta organização são denominados de multipiramidais ou multilobulares. Em alguns rins multipiramidais, como os dos bovinos, os limites entre os lobos são revelados pelas fissuras que penetram a partir da superfície; em outros, incluindo os dos suínos, nenhuma evidência externa de lobulação está presente.
Todos os rins dos mamíferos passam por uma fase multipiramidal em seu desenvolvimento, embora, na maioria das espécies, a quantidade de lobos seja drasticamente reduzida mais tarde. Em algumas espécies, inclusive a canina, a equina e a ovina, todas as pirâmides acabam por fundir-se, constituindo uma única massa medular, que confina o córtex à periferia, onde forma uma cobertura externa contínua. Mesmo este tipo unipiramidal ou unilobular de rim guarda um certo indício de sua ontogenia.
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PELVE RENAL E URETER:
Pelve renal é a porção proximal do ureter no rim. A sua principal função é atuar como um funil para a urina fluir para o ureter.
O ureter é um tubo estreito que conduz a urina em um fluxo contínuo da pelve para a bexiga. A extremidade proximal do ureter divide-se em pelve renal nos equinos, carnívoros, ovinos e suínos ou em cálices maiores nos bovinos.
Ao alcançar a cavidade pélvica, o ureter inclina-se medialmente para adentrar a prega genital no macho ou o ligamento largo na fêmea; isto conduz o ureter sobre a superfície dorsal da bexiga, na qual se abre perto do colo. No macho, o ureter passa dorsal ao ducto deferente correspondente.
O ureter adentra a parece vesical de forma bastante oblíqua. O comprimento do trajeto intramural protege contra o refluxo de urina para o ureter quando a pressão se eleva dentro da bexiga. Ele não impede maior enchimento da bexiga, já que a resistência é superada pelas contrações peristálticas da parede do ureter.
OBS.: Em carnívoros e pequenos ruminantes ocorre a presença de um recesso pélvico, não há papila e sim uma crista renal.
Em equinos, pelo fato de terem os rins em formato de coração, a pelve é muito pequena para coletar a urina produzida pelos rins. Para suprir a pelve pequena, o rim do equino possui os recessos terminais que coletam a urina dos pólos do rim.



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BEXIGA URINÁRIA:
A bexiga é um órgão distendível de estocagem e, portanto, pode não ter tamanho, posição ou relações constantes. É pequena e globular quando completamente contraída, sendo então notável pela grande espessura de suas paredes. A bexiga contraída repousa nos ossos púbicos; fica confinada à cavidade pélvica nas espécies de maior porte, mas estende-se para o abdome nos carnívoros.
Nenhum aumento imediato na pressão interna ocorre quando a bexiga começa a encher-se. Mas, uma vez que um determinado volume, muito considerável, seja atingido, a pressão eleva-se; isto provoca a urgência de eliminar a urina, levando o indivíduo a urinar sem hesitação em muitas espécies.
Nas espécies maiores, a bexiga contraída fica em grande parte retroperitoneal, mas a maior parte da superfície torna-se intraperitoneal quando o órgão ainda estiver moderadamente expandido.
A frouxa fixação da mucosa vesical e sua capacidade de estiramento permitem uma modificação acentuada no aspecto do interior com qualquer alteração do estado fisiológico. A superfície, muito pregueada quando o lúmen é pequeno, torna-se geralmente lisa quando a bexiga enche.



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URETRA:
A uretra é um tubo que conduz a urina da bexiga para o meio externo.  Ela se diferencia entre os dois sexos.
Uretra Feminina:
A uretra feminina é curta, corre caudalmente no assoalho pélvico, abaixo do trato reprodutivo. Ela passa de forma oblíqua pela parede vaginal para abrir-se ventralmente à junção da vagina e do vestíbulo. Seu comprimento e sua largura variam de modo considerável entre as espécies, sendo notavelmente curta e ampla nas éguas. Em alguns animais, como na vaca e na porca, abre-se junto com o divertículo suburetral; em outros, como a cadela, em um tubérculo.
Quando um divertículo estiver presente, estará incluído dentro do uretral, que circunda a uretra ao longo da maior parte do seu comprimento.
A uretra de uma fêmea tem a função exclusiva de conduzir a urina para o meio externo ao corpo.
Uretra masculina:
A uretra masculina é longa, estende-se desde um óstio interno no colo da bexiga até um óstio externo na extremidade livre do pênis. É, portanto, divisível em uma parte interna ou pélvica e uma parte externa ou esponjosa, referindo-se o último adjetivo ao tecido bastante vascular que circunda a uretra quando deixa a cavidade pélvica. A parte esponjosa encontra-se em grande proporção incorporada dentro do pênis, sendo apropriadamente considerada como componente deste órgão. A parte pélvica está unida pelos ductos deferentes e vesiculares (ou ejaculatório combinado) a uma curta distância se sua origem da bexiga; a maior parte da uretra, portanto, serve para liberar urina e sêmen.Em carnívoros, a próstata envolve a uretra. A próstata possui uma cápsula fibrosa que impede sua expansão, quando ocorre um tumor na mesma. Esse crescimento celular pode obstruir a uretra.

Feito por: Simon Sousa


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